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sexta-feira, 22 de abril de 2011

O começo



Ok, ok, ok… vocês pediram, e eu (finalmente) fiz. Inspirada pela minha flatmate Juliana e minha super amiga Amanda vou começar o blog, mas não prometo nada (método comissária), pois como todo mundo bem sabe, preguiça é uma coisa que não me falta. Mas vamos que vamos, e se vamos, vamos fazer isso do jeito certo. Vamos começar do começo.

Era uma vez (lógico, toda história tem que começar com era uma vez) numa galáxia muito distante (sim, eu sou nerd e adoro Star Wars) uma criatura que estava se mudando para um país do oriente médio, deixando uma pequena cidade grande para ser comissária de vôo numa grande cia.  aérea. No aeroporto dessa pequena cidade grande estavam sua família e alguns amigos (até alguns que ela não esperava que aparecessem, mas que apareceram mesmo assim =D) para se despedir dela. É claro que foi uma choradeira total. Até mesmo uma pessoa insensível como eu não consegue deixar de chorar numa situação dessas né?

Mas ok, entrei no avião (ainda tentando controlar as lágrimas) e fiquei tentando identificar minha família e amigos no deque de observação do aeroporto (longe pacas do avião), e acho que consegui enxergar alguma coisa (ou isso ou já estava delirando e era tudo alucinação).

Como, exagerada que sou, já tinha pagado uma nota preta (azuizinhas, na verdade, aquela com a garoupa, sabe?) pelo excesso de bagagem até Sampa, quando cheguei a GRU decidi pegar e colocar os dois últimos quilos excedentes na minha mochila para levar de bagagem de mão (a partir de GRU o limite era 50kg, ao contrário dos 23 kg  de vôos domésticos). Lógico que fiquei um tempão no banheiro fazendo isso, mas quando finalmente fui pesar as malas antes de embalar (com a ajuda do carinha da embalagem, muito obrigada!), as duas malas deram exatamente 50 kg! Vai ser cagada ter sorte assim na casinha do chapéu hein? (casinha do chapéu é uma referência a minha infância, um velho que odiava quando jogávamos bola no seu quintal e nos mandava pra casinha do chapéu, diretamente do baú especialmente para vocês!)

Entre rearrumar as malas, embalar, ligar para minha mãe e outras coisinhas mais, acabei me atrasando para o check in, afinal de contas meu relógio ainda estava em outro fuso horário e eu estava achando que tinha muito tempo (vamos dizer que foi estresse ok?). Mas quando fui fazer o check in, a pessoa (não sei qual era o cargo dela) muito amável (sarcasmo pesadíssimo) da cia aérea me disse que o check in havia encerrado há 15 minutos e que não poderia embarcar. Ai eu pensei: f# tudo né?  Insisti e chorei (como uma boa brasileira) e acabaram me deixando embarcar, mas me informaram que não teria comida para mim pois o catering já havia terminado de carregar a comida. Eu disse ok, lógico! Não iria perder um emprego por uma refeição  né? (só porque eu sou prevenida e tinha bolachinhas na bolsa =D, claro!)

Saí correndo que nem louca, não queria perder o avião!! Cheguei no portão de embarque e adivinha só? O embarque mal tinha começado! Mas tudo bem! Entrei, coloquei minha super mochila no compartimento de bagagem de mão, e sentei.

Desde o curso de comissária no Brasil, comecei a prestar mais atenção nas comissárias (lóóógico!) e como essa seria minha cia empregadora, prestei mais atenção ainda. No caminho até meu assento percebi que existiam dois tipos de comissárias(os): as sorridentes e bem arrumadinhas e as que mal se aguentavam em pé e precisavam ficar apoiadas na fuselagem do avião. Mas vamos pular essa parte, hoje eu entendo melhor como são as coisas.

Sentei, conheci meus colegas new joiners (alguns acabaram se tornando meus melhores amigos) e o Dan (lindo!) se ofereceu para dividir sua comida comigo se o que contei sobre não ter comida para mim fosse verdade.  Mas tudo bem, tinha comida de sobra (era tudo pressão psicológica), não tinha vegan como eu tinha pedido, mas eu comia os vegetais e o Dan comia a carne (um acordo perfeito para nós dois).

Durante o vôo, nos divertimos demais, então é melhor nem comentar muito, mas já tive uma idéia de como seria minha vida dali pra frente.

Desembarcamos (o aeroporto é gigante!!! Se não tivéssemos uma comissária brasileira super gente boa, voltando das férias, de guia, estaríamos perdidos!), passamos pela imigração e quando fomos passar pela alfândega, é claro que me escolheram para passar no raio X né? Afinal de contas eu tenho muita cara de quem tem trocentos vibradores e pornografia hardcore na mala, não é mesmo? (Aqui nas arábias esse tipo de coisa é super proibido e é isso que eles procuram no raio X)


Depois que nos designaram nossos respectivos transportes, fomos cada qual para seu novo lar.

Cheguei no meu novo apê e estava tudo limpinho, arrumadinho, deu até medo de tirar alguma coisa do lugar e levar um ralo depois! Adorei!!



Eu sei que escrevo demais e que o post ficou gigante, mas assim como a Stephenie Meyer (sim, eu também sou fã de Twilight, nerd lembra?) eu não sei contar uma história curta. É isso aí!

Até a próxima! Neste mesmo bathorário, mesmo batcanal (nerd no últimoooo!!).



*Flatmate: colega de apartamento
 GRU: Aeroporto de Guarulhos - SP.
 New Joiner: novato, aquele que está entrando para a cia.